Matheus Pompeu debuta no Teatro del Maggio Musicale Fiorentino
"Um vibrante e apaixonado Alfredo."
Salvatore Dell'Atti - GBOPERA
Um debut esperado e muito especial: assim foi a estreia do tenor Matheus Pompeu nos palcos italianos na nova produção de "La Traviata", de G. Verdi, do Teatro del Maggio Musicale Fiorentino. O tenor brasilero cantou a parte de Alfredo Germont nas récitas dos dias 21 e 26 de novembro; e 1 de dezembro de 2024 e obteve grande sucesso por parte do público e da crítica. A direção musical foi do reconhecido Maestro Renato Palumbo e a direção cênica correu a cargo de Stefania Grazioli. No cast a soprano russa Julia Muzychenko encarnou Violetta Valery e o barítono coreano Min Kin foi o pai Giorgio Germont.
A crítica destacou a expressividade do canto do tenor, a beleza do seu timbre e a generosa intereção cênica:
"Matheus Pompeu constrói um Alfredo Germont onde se destacam a expressividade e uma notável interação com seus companheiros em cena, principalmente, é claro, com Violetta. Destaca-se também a beleza do timbre e uma técnica sólida" (Alicia Perris, OperaClick).
Sobre a emoção de cantar na Itália pela primeira vez em um teatro com a importância e a história do Maggio, Matheus sublinha que é também uma grande responsabilidade:
"os italianos levam essa ópera no DNA, é preciso estar muito bem preparado e tranquilo para dar o melhor e chegar ao coração do público", ressaltou.
Uma vez mais Alfredo. Uma vez mais Traviata. A última vez foi no Rio de Janeiro em seu Brasil natal em novembro de 2023, na aclamada produção que contou com a regência de Luis Fernando Malheiro e a direção cênica de Andre Heller-Lopes.
"Já tinha cantado Alfredo pelo menos quatro vezes, no Brasil, Espanha e Polônia. Não é, como muitos pensam, um papel fácil. Às vezes a exuberância das melodias podem confundir. É um papel com muitos matizes e vocalmente está escrito na região de passagem da voz do tenor. Por isso, requer muita atenção e muito aprofundamento na psicologia para construir um persongem que seja convincente, pois, para mim, esse é o drama verdiano por excelência", afirma o tenor.
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